sábado, 23 de outubro de 2010

Tão pouco

Eu ainda vejo nobreza

Nobreza nesse sentimento que me destruiu um pouco
Que matou um pouco da minha esperança
Que destruiu um pouco da minha auto-estima
Que fez de mim um pouco louca
Que me tirou um pouco do chão
Me fez feliz por poucos dias
Que não me matou por pouco...

Foi tudo tão pouco
Tão pouco para tudo que eu senti
Que eu sinto, que eu sinto...

Noites malditas


A agonia de só conseguir escrever para você
Destrói todo meu ego por segundos
E a loucura de saber
Que eu não posso te esquecer
Que te esquecer faria de mim alguém normal
Alguém que ama com cuidado
Que nunca se entrega por acaso

Mas essa sua dor ainda me guia
Me guia por caminhos cheios de armadilhas
Por dias escuros
Por noites malditas
Ainda angustia minha alma
É a casa que eu conheço
Você ainda é minha tortura preferida

E eu sigo sem te perdoar
Esse perdão que seria a salvação da minha alma
E a maldição da minha arte...

Então vou continuar escrevendo, justificando
Esse sentimento perturbado
Paralelo
Perdido
Bendito.

Talie
(imagem James Jean)