quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A paz de um amor tranqüilo???

Ouvi essa frase recentemente, foi falada com um grande desejo de que isso realmente viesse a ser real, a vontade estava latente... “eu quero a paz de um amor tranqüilo”.
Mas será que é isso mesmo? Me foi dito por uma mulher instintiva, de impulsos constantes e isso me levou a meditar sobre a realidade do seu “pedido”. Não condiz com sua personalidade cheia de paixões.
Desde então estive pensando...
Será que um passado de muitas paixões nos deixa cansado?
Será que depois de tantos altos e baixos ficamos tendenciosos a linha do equador?
Será que o tempo mata nossos instintos mais profundos?
O que seria a paz de um amor tranqüilo?

Acho que ainda não posso escrever sobre paz, ela fica ao meu alcance de tempos em tempos, mas ainda está muito distante para eu dissertar sobre ela.
Porém o amor (mas será que é amor?) sempre me assombrou, muito, de perto.
Esse me trouxe angustia, vontade de dançar, noites sem sono, me tirou do chão e me deixou nele muitas vezes. Acho que eu posso dizer que eu sofri com esse sentimento, mas que ele também me trouxe os melhores momentos da minha vida.
Digo, será que o amor é sempre tranqüilo? Será não ser a paixão o grande vilão das nossas fantasias?
Se foi amor ou paixão, não sei, não posso dizer com certeza matemática. O que posso dizer é que não troco a vontade de rodopiar, de um amor arrebatador ou uma paixão insana, por nada mais tranqüilo. A tranqüilidade me soa como algo que alguém, meio, chato procura... alguém que usa sapato baixo, não gosta de maquiagem...
Mas eu, eu quero o impulso de um furacão girando dentro de mim, e esse impulso vai me jogar em algo que eu posso chamar de amor.

Talie

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Bênçãos e maldições

Minha razão e verdade
Bênçãos e maldições
Meus segredos
Eu entrego a você

E digo
Veja bem o que fará com isso
Pois meu coração tende a se entristecer facilmente
Tem sido frágil como papel

Peço que não tente me dominar
Pois sou livre como uma gaivota
Meus pés não tem constância no chão
E tenho tendências a voar

Explico que estarei ao seu lado
Nos dias de chuva e noites de luar
Nos dias de primavera
E quando o outono chegar

Talie

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Livros



A calma tem me alcançado
A serenidade anda a minha volta
Por vezes eu até á sigo
Tenho lido mais devagar
A avidez por conhecimento tem sido, talvez, secundária
Por meus livros estarem distantes
Leio com mais paciência assuntos, até, banais
... Ah que falta eles me fazem...
Eles algum dia me trouxeram angústia
A angústia de um saber perturbador

Certa vez me disseram que a ignorância é uma benção
Se é uma benção eu não sei, nunca pude entender
Mas acredito que ela possa ser mais tranqüila
Talvez...

Talie

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bússola

Esperança
Essa já se tornou um sentimento vazio
A esperança de te ter longe
De tirar você daqui
De esquecer do seu cheiro
De lembranças tristes, da lembrança de você

E se tudo isso fosse embora?
E se o mundo me fizesse esquecer de você?
Meu nome continuaria o mesmo
Mas e eu?
Como eu viveria sem você?
Eu teria direção?
Você é minha bússola do avesso
Uma razão triste
Para uma alma que vive para você
Que já não sabe mais para que existir
Que não seja para entender

Há esperança sim
De te enterrar
Em nenhum outro lugar
Que não seja dentro de mim
Dentro do meu corpo
Que ainda pulsa por você

Talie